quarta-feira, 21 de julho de 2010

30 anos, e agora?


Por Borboleta Traiçoeira
Há 30 anos atrás, em 21 de Julho, na maternidade Stela Amares, em Guarulhos- São Paulo, eu nasci. O horário de 03:45 da madrugada pode explicar o meu gosto boêmio.
Pensando nesses 3.0, passa aquele filminho na minha mente de tudo o que aconteceu na minha quase nada pacata vida feminina.
Meus quinze anos, ai que horror, nem gosto e lembrar como foi. Na verdade esperava bem mais. A única coisa que recordo dos meus 15 anos é a vida de uma futura rebelde que queria ser. Na época, morava em Belém. Namorava um regueiro, me enfiava nas baladas às escondidas e só saia com as batidas policiais. Domingo amanhecia na praça da república, e ao entardecer num reggae na Avenida 16 de novembro.
Foi nessa idade que tomei os meus primeiros goles alcoólicos. Mas nem ficava porre, tinha medo do efeito. Medo do efeito da palma da mão do meu pai na minha orelha também. Pois o velho, tão boêmio quanto eu, saberia quando eu poderia chegar com a cara de bêbeda adolescente.
Então veio depois a onda dos patins. Febre total. Nem era viciada em andar. Mas todo dia tinha que marcar a minha presença na roll'on castanheira. O melhor motivo era os meus amigos e um amor platônico. Ahhh...o que falar daquele amor platônico. Primeiro vou para as características físicas: Magro, branco e bem alto, ou seja, feio pra caramba. Mas eu gostava dele sim, e daí. Depois de platônico ele se tornou real, namorei, amei e me iludi pela primeira vez. Iludi-me por aquele sorriso, que afinal era bem bonito. Ops! Ia esquecer o apelido dele: Salsicha, em referencia ao personagem do desenho Scooby Doo. Desde aí nota-se a minha tendência com os homens errados. Que dedo podre da PORRA!
Ao 17 anos, outra paixão platônica, dessa vez era um professo de química do Ulysses Guimarães. Ele era do tipo branquinho, mediano e usava o óculos estilo neerd. Suas conversas era regada de ficção científica e do seriado americano Arquivo-X. Nada aconteceu, tudo isso deve ao meu medo de algumas situações. Pois o mesmo revelara na época que teve alguns sonhos eróticos comigo. Hoje, juro, que queria saber como ele está fisicamente. Com aquela cara de bebê que quer ser adotado ou com um belo homem com seus quarenta e poucos anos. É, ele era bem jovem para um professor.
Depois de tantas paixonites, me aquietei com um namorado bem convencional. Bonito, honesto e caseiro. Mas entrando na casa dos 20 anos, tudo o que eu queria naquela época era um pouquinho de pimenta em minha vida. Namoramos de 1999 até 2004. Época que ainda fui super recatada.  Em 2003, vim morar pra Macapá, foi então que o nosso namoro-noivado acabou depois de um ano. Foi aqui conheci a verdadeira boemia. Foi aqui que fiquei doente, tudo por causa de uma infecção no meu dedo, que ficou bem podre na época.
Depois de tantas idas e vindas, finalmente curei o meu dedinho (por enquanto). Mergulhei de vez na solteirice desde 2007. Muita gente não entende a minha opção. Mas com poucos namorados e muitos ficantes, consegui desenvolver uma habilidade nenhum pouco convencional: a de não gostar de ninguém e gosta de todo mundo, se é que vocês me entendem?
Quase encaminhada na vida, esse ano meu pai me cobrou um neto. Pode!?
E nessa altura na minha vida surgem vários questionamentos. Solteira, mas sem querer ter aquele rótulo de encalhada. Filhos? O meu relógio biológico indica que não posso demorar muito, porque meu potencial reprodutivo diminui após a terceira década de vida, com o envelhecimento e diminuição da quantidade de óvulos.
Penso, penso, penso...nenhum solução a vista.
O espelho? Que um dia foi meu aliado, agora é um delator.
Sexualidade? Finalmente chega ao assunto que eu gosto. Não sustento mais aquele ar ingênuo, uma característica sexy da mulher de 20. Só que isso é compensado por outros atributos encantadores que reveste a mulher de 30.
Hoje posso afirmar que sou uma mulher mais autentica, certeira e centrada comigo mesmo e com os homens que me cercam.
Hoje eu quero brigar o menos possível. Estou mais interessada em absorver o mundo que me envolver. Quero ser útil, justa ignorando o que for feio e com baixo astral. Quero ter menos preconceitos. Quero um homem que me aceite do jeito que sou. Se não me quiser com esse pacote, é porque não me merece.
Com o olhar mais matador, isso quando me interessa matar alguém. Mais serena, sábia e natural. Gozo das prerrogativas da condição feminina sem engolir sapos, mostrando a minha força na hora certa e de forma mais sutil.

4 comentários:

hélida pennafort disse...

Querida Alê, meus parabéns pela data de hoje. E lembre-se " a vida começa aos 40!!" hehehehehe. isso significa que vc ainda tem muito pela frente ...
beijos

hélida

Tumucumaq disse...

Masqndo minha cumadi!! A senhora com trintinha?? com essa fuça de 20, quando chegar aos 40 vai tar com a kra de 25... Tá vendo como o laguinho é bacana, num meio dos pretiokas as rugas num aparecem !! rsrsrrs Bjs e felicidades neste dia!!!

Unknown disse...

Mais uma sugestao linda... Escreva sobre como as mulheres vem a importancia do tamanho...peniano...
E meus parabéns...rs

Ivane Ramos disse...

Minha muito queridíssima amiga fico feliz em ver que estamos juntas até hoje, e que mais um dia teu bate em nossa porta.
Fico pensando que serias o melhor canceriano na minha vida, mas te mandaram na forma feminina, e isso não me apraz...
Então, o que me resta é me encantar contigo nas nossas noites, nos divertindo sempre de maneira confiante, saudável e sexual da maneira que a gente curte, cada uma mapleise com o seu...rsrsrs
Muitas felicidades pra ti, muitos amigos, mais novas descobertas, e que o dedinho podre nunca mais volte a ficar doente...
bjos, TE AMO...