domingo, 28 de fevereiro de 2010

Pra quem ainda vier a me amar



Quero dizer que te amo só de amor. Sem idéias, palavras, pensamentos. Quero fazer que te amo só de amor. Com sentimentos,
sentidos, emoções. Quero curtir que te amo só de amor. Olho no olho, cara a cara, corpo a corpo. Quero querer que te amo só de amor.São sombras as palavras no papel. Claro-escuros projetados pelo amor, dos delírios e dos mistérios do prazer. Apenas sombras as palavras no papel.Ser-não-ser refratados pelo amor no sexo e nos sonhos dos amantes. Fátuas sombras as palavras no papel.Meu amor te escrevo feito um poema de carne, sangue, nervos e sêmen. São versos que pulsam, gemem e fecundam. Meu poema se encanta feito o amor dos bichos livres às urgências dos cios e que jogam, brincam, cantam e dançam fazendo o amor como faço o poema.Quero a vida as claras superfícies onde terminam e começam meus amores. Eu te sinto na pele, não no coração. Quero do amor as tenras superfícies onde a vida é lírica porque telúrica, onde sou épico porque ébrio e lúbrico. Quero genitais todas as nossas superfícies.Não há limites para o prazer, meu grade amor, mas virá sempre antes, não depois da excitação. Meu grande amor, o infinito é um recomeço.Não há limites para se viver um grande amor. Mas só te amo porque me dás o gozo e não gozo mais porque eu te amo. Não há limites para o fim de um grande amor.Nossa nudez, juntos, não se completa nunca, mesmo quando se tornam quentes e congestionadas, úmidas e latejantes todas as mucosas. A nudez a dois não acontece nunca, porque nos vestimos um com o corpo do outro, para inventar deuses na solidão do nós. Por isso a nudez, no amor, não satisfaz nunca.Porque eu te amo, tu não precisas de mim. Porque tu me amas, eu não preciso de ti. No amor, jamais nos deixamos de completar. Somos, um para o outro, deliciosamente desnecessários.O amor é tanto, não quanto. Amar é enquanto, portanto.Ponto.

Por Roberto Freire

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Pecado Original

É minha gente, compre a sua pipoca, seu guaraná caso você não tenha companhia mais agradável para assistir este filme. Pois tem muita sensualidade envolvida. Caso tenha uma boa companhia...então degusta-se!
------------------------------------------------------------------------------------------
No exótico mundo de Cuba Luis Antonio Vargas (Antonio Banderas), um rico comerciante de café, acerta os detalhes de seu casamento acertado pelo correio. Porém, pouco após sua futura esposa chegar à sua casa ele descobre que ela na verdade é uma impostora, que não o ama e está apenas interessada em sua fortuna.

titulo original: (Original Sin)
lançamento: 2001 (EUA)
direção: Michael Cristofer
atores: Antonio Banderas , Angelina Jolie , Allison Mackie , Joan Pringle Thomas Jane ,
duração: 116 min
gênero: Romance
status: arquivado

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A intensidade de um flagrante

Uma verdadeira história sempre tem que ter uma pitada de aventura, de romantismo, de tesão...e principalmente de medo. Não me entendam mal, não estou aqui dedilhando a cerca de assuntos que só passam pela minha cabeça, vai muito além disso. Conto o que me ocorre, o que me frusta, o que me excita...as conclusões deixo para os leitores, afinal, após a criação do texto, o leitor fica livre para entender do jeito que bem lhe convier. Arrisco-me a ser apedrejada se necessário.
Mas, enfim, voltando ao assunto em questão. A vida de uma mapleise quase sempre é atribulada. Fazemos questão de fazer com que os dias sejam diferentes um do outros, sempre que necessário para que eles não acabem monótonos, e deixem assim, nossas vidas.
E eis que depois de umas férias de no máximo um mês e meio, o amor, aquele do passado que nunca passa, reaparece. Sim, conseguimos nos encontrar finalmente, de volta o cheiro do corpo, do peito, o hálito, a boca, a língua. Nunca falei, mas a língua do amor do passado tem um gosto, que nenhuma das muitas outras bocas que já provei tem.
Às vezes, acredito que todo esse querer, esse 'dar certo' vem do sentimento (é meus queridos, mapleises também amam), e talvez, seja isso que faça as loucuras proliferarem...somos campeões em loucuras, e todas ganharam seus dez pontos, foram engraçadas, e valeram a pena.
A última, teve seu ponto especial, o ponto máximo a que os autores de grandes best-sellers chamam de ÁPICE...afinal, sair correndo de dentro de um carro com a calcinha e sapatos na mão depois de ser flagrado por uma viatura da polícia é demais!!!

Antes que Termine o Dia

É esse filme que recomendo à vocês, pois é de chorar. Tem jogo na quarta...e aquele macho que tá na sala, bebendo uma cerveja nem tchum pra você. è bom vc convidar ele pra assistir e definir o que é mais importante nas suas vidas.

-------------------------------------------------------

sinopse:

Ian (Paul Nicholls) e Samantha (Jennifer Love Hewitt) formam um casal feliz e cheio de planos para o futuro. Enquanto Samantha busca demonstrar seu amor a todo momento, Ian procura voltar sua atenção para a carreira e os amigos. Após um dia em que tudo deu , eles terminam o namoro. Entretanto um acidente faz com que a vida deles mude de rumo. No dia seguinte Ian percebe que acordou novamente no dia anterior, tendo a chance de refazer tudo o que tinha feito antes, só que agora da forma correta.

titulo original: (If Only)
lançamento: 2004 (EUA) (Inglaterra)
direção: Gil Junger
atores: Jennifer Love Hewitt , Paul Nicholls , Lucy Davenport , Diana Hardcastle , Tom Wilkinson
duração: 92 min
gênero: Comédia Romântica
status: arquivado

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Mulher X Homem


É engraçado como nós mulheres reagimos diante de alguns carinhas que realmente “acham” que sabem tudo da vida! Ou nós os tratamo com muita indiferença, ou então, temos de convencê-los através de argumentos e no final os mandamos para bem longe.
Na verdade, o melhor de tudo é assistir as besteiras que eles falam, ficamos embasbacadas, a ponto de pedirmos muito a Deus que nos dê paciência para aturá-los, amor para perdoá-los, pois se pedimos a força...então vamos matá-los.
Tá certo que eles têm que ouvir muitas abobrinhas nossas sobre no nosso dia-dia, cabelo, unha, que creme corporal comprar, mas isso é uma forma da gente chamar a atenção deles.
Nós mulheres demonstramos o nosso amor através de cuidados. Se ele adoecer, o que faremos? Iremos à farmácia mais próxima, compramos o que ele precisa, fazemos chazinho, ficamos ao lado deles vigiando o sono e cada movimento. Esse é o nosso modo de dizer “eu te amo”, e falamos toda hora, basta ler nas entrelinhas.
Porém se a gente adoecer, no máximo ele vai comprar o remédio e só. Mas isso não quer dizer que ele não te ama. Ele te ama. O problema é como ele ama. Os homens amam as mulheres diferentes. Acho que é do nosso DNA essa questão maternal que temos e de queremos cuidar de tudo e de todos.
Os homens não,eles agem com praticidade. Não fazem declarações e muito menos vai comprar flores sem ter uma data especial. Disse a uma amiga que eles adoram o pronome possessivo. Ao apresentar você para os amigos, se ele te ama realmente, ela vai apresentar assim: ESSA AQUI É A MINHA MULHER. ESSA AQUI É A MULHER DA MINHA VIDA. Isso é uma maneira deles alertarem os amigos que estão pensando muitas besteirinhas. Quando eles apresentam elses pensam: ESSA MULHER É MINHA E NINGUÉM TASCA, PODEM TIRAR OS OLHOS DELA SENÃO VOU TE DÁ MUITA PORRADA!
E assim a vida segue. Ahhh! Mas se ele te apresentar como fulana de tal. Corra, fuja. Sim minha cara amiga. Pois ele só quer se aproveitar de você. Ao menos que você também queira se aproveitar da situação. Só não vale ficar chorando as pitangas.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pra te lembrar

Caetano Veloso

"Que é que eu vou fazer pra te esquecer?
Sempre que já nem me lembro, lembras pra mim
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus pode apagar...

Que é que eu vou fazer pra te deixar?
Sempre que eu apresso o passo, passas por mim
E um silêncio teu me pede pra voltar
Ao te ver seguindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus pode apagar

Que é que eu vou fazer pra te lembrar?
Como tantos que eu conheço e esqueço de amar
Em que espelho teu, sou eu que vou estar?
A te ver sorrindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus vai apagar..."

-------------------------------------------
OBS. Saudades do desconhecido, do cheiro, da novidade!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O que posso fazer


Ainda que tente esquecer,


Minha mente faz questão de lembrar.


Ainda que tente disfarçar,


Fica cadê vez mais claro,


Tão claro quanto a neve


O amor que sinto por você.


Ainda que eu fique entre outros braços,


Não consigo me desfazer dos nossos laços.


Posso sair,


Posso beber até cair,


Posso beijar outra boca,


Posso ficar louca,


Mas o que não posso,


Não consigo.

Minhas atuais preferências


Voltei só para fofocar. Estava perdida nessa madrugada lendo blog's alheios que nos dão total liberdade para entrar, quando me deparei com um onde seu autor contava sobre suas volúpias presenciais e virtuais. Pensei, nota dez para o blog e seu criador, que além de positivo consegue transmitir com clareza e objetividade que um dedo entre as pernas é uma siririca...masssssssssssss, eu não sou perfeita, sei disso....
E diante dessa simples realidade, pensei comigo, voltarei para o meu mundinho miúdo (desculpem o pleonasmo), e pensarei nas maldades sexuais que desejo ter com namorido...Sim, pois o que me apetece e me enlouquece mesmo é o esfrega-esfrega de verdade...é o vai e vem cheio de suor que as pessoas costumam fazer quando se relam (rs) seja em cima de uma cama, mesa, carro, banco, fogão, pia....ou onde lhes convier...
Na atual conjuntura, o que me vale muito e me excita demais mesmo é a sensação do real, que vale muito, muito mesmo....do que o virtual...o que antes me aprazia, me relaxava, e por vezes, me excitava (digo mesmo), me deixava depois com a sensação de perda, talvez, devido ao fato do sexo oposto não estar aqui do meu lado no fim do amor para me tocar, e me perguntar se foi além do esperado ou não, e enfim, começarmos tudo de novo...buscando sempre o gozo, o amor, o melhor!!!
Sempre digo que na vida tem gosto para tudo, e que a liberdade que temos em nossas vidas são preciosos sentimentos que não devemos perder...masssssssssssss, dou mil pontos para o esfrega-esfrega dentro do carro, ao esfrega-esfrega virtual....
Bom carnaval meu povo!!!

Fazei-me forte!!!

Homem é a coisa mais engraçada e nojenta do mundo. O sujeito se enche de marra quando você se atrasa para um encontro, é coisa de um mês para que a pessoa pare de te encher o saco porque demorastes para te arrumar e passar aquele batonzinho cheiroso e gostoso que o "de cujus" vai tirar sem o mínimo de paciência e pudor quando te encontrar.
Agora quando os planos saem pela culatra, o que ele diz?? Aliás, o que se passa na cabeça de um ser masculino quando ele marca uma maldita hora com você, essa maldita hora passa, o teu amigo pessoal, ops....telefone fica ali do teu ladinho pronto para tocar mas não toca???
Há aqueles que insistem em dizer que não entendem a cabeça de uma mulher. Faça-me rir desta pobre piada inútil...rs, sim, rir, porque no final da história advinhem quem será a culpada pelo não ocorrido...Sim, esta que vos fala, maldita mulher!!!

O círculo do sexo

Ai, ai como a vida é engraçada. Digo isso, porque eis-me aqui relembrando uma conversa de três horas atrás quando escutei partículas de histórias sobre sexo. É verdade, a gente tá numa mesa, aos poucos os conhecidos começam a chegar, e roda roda, falando de coisas e mais coisas quando de repente se vê naquele círculo (formado em uma mesa quadrada, diga-se de passagem!) que o assunto falado permeia o sexo.
Não tem como fugir, além de futebol, bebidas e carros, o sexo é uma boa pedida para se conversar, seja na mesa de um bar ou na da sala de jantar. E as historinhas vão das mais grotescas as mais engraçadas, já que falar sobre sexo para muitos é uma maravilha e fácil: todo mundo entende e sabe fazer...
Falar nisso me lembrei da brincadeira da NUVEM. É só ficar NU e VEMMM...rs

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Amigos Meus

Amigos meus, está chegando a hora
Em que a tristeza aproveita pra entrar
E todos nós vamos ter que ir embora
Pra vida lá fora continuar
Tem sempre aquele
Que toma mais uma no bar
Tem sempre um outro
Que vai direitinho pro lar
Mas tem também
Uma sala que está vazia
Sem luz, sem amor, sombria
Prontinha pro show voltar
E em novo dia
A gente ver novamente
A sala se encher de gente
Pra gente comemorar

porVinicius de Morae

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Um olhar, um desejo


Uma sexta-deira, as Mapleises estavam muito afim de dançar. Aí então se emperiquitaram, colocaram a melhor roupa, a melhor maquiagem, a melhor bijouteria e também o melhor perfume. Aí saíram, uma pura sextaneja. Esbanjando sensualidade no ar, ainda mais depois de ver o “Globo Repórter” falando sobre o amor. Era muito ferôrmonio  no ar.
Chega-se ao local, encontra outros conhecidos, uni as mesas. Aí tudo vira festa. A cerveja estupidamente gelada.
O mais engraçado de tudo e a vontade de dançar e a dificuldade de achar um parceiro pé-de-valsa. Aí começa a caça. Gente, é só uma dancinha, não vamos tirar o pedaço de ninguém. Oba! Achamos um parceiro. Vamos pra pista. Saímos de lá quando realmente a música pára.
Mas festa boa é quando tem história para se contar. Então eis que surge um “falecido”! Isso mesmo meus caros. Aquele que estava enterrado na memória, e que, incrivelmente, na noite anterior tinha aparecido em meus sonhos. Com seus músculos definidos, ainda estava acompanhado por uma cambada de machos com jaquetas pretas e dirigindo uma moto harley davidson. Mas tem sempre uma praga que estraga com os meus sonhos.
Voltando a festa. Com o encontro bate o nervoso, e a curiosidade: quem é aquelazinha que ta acompanhada por ele?
Ele encara a mapleise dançando, e ela retribui com um sorriso malicioso.
Fim de festa, hora de meter o pé na estrada. Música alta, gargalhadas. De repente, o namorado de uma mapleise liga, conseqüência, a discussão de relacionamento, a famosa DR, por telefone.  Eu não consigo me controlar, começo a cantar: bye, bye, baby, bye,bye. O “dona da situação” fica muito chateado. Fazer o que? Não agüenta o nosso pick.
É por isso que eu canto, que eu clamo.
Beijos!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mais uma de Arnaldo Jabor!

BORDÉIS DO AMOR
Assim, creio que a revolução se deu mais por via das mulheres, do que dos homens. Já repararam como tem garoto-objeto casando com coroas-célebres? E dizem que dinheiro compra até amor verdadeiro... Elas mudaram, desde a pílula até hoje, impulsionadas pela tecnologia veloz, pela indústria das revistas pornô; houve uma fetichização das partes pelo todo. São pedaços que vemos. O conjunto nos angustia. Disse-me uma antropóloga linda outro dia que o que mudou foi a transformação do sexo em ginástica, num atletismo em que as perversões proibidas se transformaram em brincadeiras polimorfas. Ninguém peca mais. E a culpa? O que foi feito dela? O limite é o quê? A morte? A aids segurou um pouco a barra da loucura que se anunciava nos anos 80, mas agora, com oquetéis, há um recrudescimento da sacanagem como parque de diversões.
As famosas surubas de antigamente (oh... crime nefando...), hoje são cirandas-cirandinhas felizes e gargalhantes. O bom e velho orgasminho não basta mais. É preciso ir mais longe. Até aonde? Talvez, busquemos um êxtase permanente num mundo que se aquece, num presente enorme que não acaba. Precisamos de uma libertinagem constante, já que a tal da liberdade era mesmo 'uma calça velha e desbotada'... E que orgasmo é esse que atroará os ares? E, falando mais seriamente, que transgressão suprema acabará com todos os limites? Muhammad Atta, o chefe do ataque no 11 de Setembro, segundo artigo antológico de Martin Amis, não era religioso, não acreditava em Alá, não era militante político, era químico na Alemanha e, no entanto, queria algo supremo. O quê? A realização do inominável, do impensável, o crime absoluto e, por segundos antes de explodir, ele sentiu o êxtase do tenebroso.
O marquês de Sade desafiou os limites da natureza. Nesta neo-libertinagem, queremos ir além das coisas que viramos. Há um desejo de aperfeiçoar os desempenhos, como se moderniza um avião ou um chip. Nas casas de swing, por exemplo, há uma utopia de se atingir uma paz além do ciúme, além da posse, a paz da solidão compartilhada, um companheirismo pacífico entre putas e cornos.
No entanto, faço uma previsão. As coisas vão e voltam. Dentro em pouco, vai ressurgir uma onda romântica, diante do terror que a liberdade total está gerando. Dentro em pouco, teremos amores infinitos, beijos eternos, fidelidades sem-fim. No entanto, onde se aninharão os casais? No campo? Nas neves derretidas? No pó das cidades? Onde? Não temos onde amar. Não há casulos disponíveis. Famílias, lares?
Não. Haverá talvez bordéis românticos, motéis da paixão, onde a paz infinita irá além dos gritos de tesão.
Ninguém agüenta mais tanta liberdade...
Este artigo parece aqueles textos apócrifos que espalham em meu nome, na internet. Mas, podem botar que eu confirmo. Santo Deus, estou sendo influenciado por meus imitadores...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Ao homem-objeto

Coisas de Arnaldo Jabor, crônica publicada no jornal O Estado de São Paulo em 17/04/07 faz a análise minunciosa de como nós, mulheres, olhamos os homens hoje. 

Antes, os homens, desejávamos a mulher. Hoje, queremos ser desejados. No tempo de meus pais, elas em geral não davam: só casando. Nelson Rodrigues conta que os noivos galopavam como centauros para o quarto nupcial avançando sobre as noivas pálidas de terror.
Filho dessa geração, eu achava que o desejo da mulher era 'conseqüência do nosso, que elas ansiavam por nosso assédio, em delíquios desmaiados.
Eu achava que levar uma mulher para a cama era algo só de minha responsabilidade, que elas cumpriam cabisbaixas, trêmulas e, depois, gratas. Elas 'davam' como uma tarefa quase política. Hoje, os homens é que dão. Elas comem. Os homens se raspam, para ficarem com o corpo feminino. Os homens malham, para ficarem magníficos objetos de prazer. Antes, não. Eram barrigudos informes, sórdidos, com lindas damas ao lado, brutais machões dominando ninfas. Hoje, elas escolhem: 'Aquele ali. Vou comer...' Somos analisados minuciosamente nas conversas dos vestiários. Dizem-me informantes traidoras que o papo é mais brutal que conversa de marinheiro. Os pintinhos são analisados com régua e compasso. A barriga derruba um apaixonado, a bunda (isso é novo) passou a ser um objeto sexual fundamental para as moças: 'Que bundinha ele tem!' Nosso pobre feminismo deu nisso: as mulheres analisam os homens como imaginam que eram analisadas por nós: 'Que avião, eu ia te comer todinha...' Hoje, nós somos as caricaturas das caricaturas que fazíamos delas.
Fui educado pelos jesuítas, o melhor caminho para a perversão. Sempre imaginei as mulheres como usáveis, romanticamente ingênuas, ou santas ou decaídas... Mas nunca imaginei ver esse exército de rostos lindos, mas duros, implacáveis na avaliação do sujeito, nos olhando como sargentos examinando recrutas. Não imaginava o medo diante da glamourização excessiva das celebridades. O que nos excitava, ou melhor, nos fazia apaixonados era ver em seus olhos a busca de proteção, quase um apelo de socorro. Nossa virilidade era quixotesca, salvadora. Sua fragilidade, mesmo fingida, era tão erotizante... Outro dia vi um documentário antigo com a Jackie Kennedy falando; parecia uma menininha, uma 'barbie' ingênua. Claro que não me refiro às pobres desamparadas socialmente; falo das peruas de esquerda e de direita (elas existem...), falo da vanguarda das gostosas. Transar com uma mulher hoje é passar por um teste. E surge a dúvida máxima: o que dar às mulheres? Carinho? Proteção? Porrada? Desprezo? Companheirismo? Dar o quê? Dinheiro? Já servimos para sustentá-las, mandar nelas: 'Oh, bobinhas... não é assim, é assado...' Mas, não sabemos mais o que oferecer. Diante disso, o amor vira uma batalha de prazeres e dores, uma guerra constante e excitante, ciúmes afrodisíacos, ódios excitantes para o 'make-up fuck' (a melhor que há). Os amores de /Caras /duram semanas; casou, perdeu a graça. Os jovens ricos vivem em haréns de luxo (ah, verde inveja...) Claro que o amor dos desvalidos continua igual: porrada, alcoolismo, e abandono.
Repito que falo das 'vanguardas' neo-sacanas.
PS: O que ele não sabe é que também olhamos mãos, braços, quanto mais forte, melhor !

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O que a gente faz?


Uma música, uma bar, um drink e mais algumas coisas podem criar uma atmosfera de paqueras no ar. Tudo vai bem, quando a noite vai bem também. Sorrisos, olhares, uma mexida de cabelo, tudo isso não passa de puro charme. E assim, mulheres “bem resolvidas” passam as madrugadas em algumas capitais. Sempre acompanhadas de amigas, mas com o passar das horas, pode ir pra casa com uma boa companhia masculina.
Se o sexo prestar, melhor ainda!
Mas alguns homens não entendem! Assim que nem eles, queremos só diversão. Trocamos telefones, MSN, Orkut ou qualquer tranqueira de comunicação virtual.
Aí marca-se um sexo casual. E assim vai se estendendo por algum tempo.
Porém, sexo casual vira também rotina. E rotina enjoa.
Aí o carinha nem pergunta mais se está tudo bem com você. Como foi difícil. Chega por mensagem de celular ou Messenger o convite, quase irrecusável, de transar novamente.
Aí caras colegas, pergunto a vocês: O que a gente faz? Bloqueia, finge que não existe, esquece (de propósito) de atender o telefone ou faz como as mulheres casadas e finge uma dor de cabeça?
Começamos a ter atitudes masculinas.
Acho isso bom!
Passamos tanto tempo sendo mulher objeto, e porque não existir o homem objeto?