sábado, 13 de junho de 2009

Sofre por amor: Luxo ou Lixo?


Recebi um e-mail de Monique Valente, uma pessoa que admiro pela delicadeza...mas vamos lá, o texto nada mais, nada menos fala de amor...Monique adaptou o texto de Fernanda Melo...espero que gostem!


Há cura para o amor?

Ah, gente, não sei.

Realmente não sei.

Me desculpem.

Se existisse fórmula seria fácil. Mas não tem.

E a única coisa que a gente não quer saber é de fórmulas quando o coração está em pedaços.

Não adianta alguém falar "vai passar" porque a única resposta que me vem nessas horas é uma pergunta: QUANDO?

E ninguém sabe o tamanho do tempo e a gente acha que o mundo acabou, que o amor é marketing, enxerga qualidades onde a pessoa (aquela ingrata!) não possui e se vê num questionamento interior que não tem fim (e muito menos respostas): por quê? Onde errei? E outras que nem preciso enumerar porque são sempre as mesmas. Só muda o objeto do amor e a intensidade do sentimento.

Você pode ter conhecido a pessoa há uma semana mas tem certeza que é o amor da sua vida, a razão de tudo, a tampa da sua panela.

Ah, então tá.

E as amigas te consolam, a maquiagem borra e todo mundo come chocolate junto, enquanto a frase que mais odiamos ecoa no ar "se o sujeito não te quer é melhor você ficar sem ele".

Ai, hora do choro aumentar!

Pra amenizar, alguém diz que a atual do cara é uma sonsa.

Han? Como assim? Você vai dizer: antes tivesse me trocado por alguém melhor do que eu!

Estou certa? Pois é. E você sofre. Faz drama. Drama, não, dramalhão.

Afinal você ama aquele filho-da-mãe de uma figa que deixou seu orgulho ferido e sua auto-estima no chão. E a gente esquece os defeitos dele, esquece que ele tem manias estranhas e esquece também que, no fundo, não via muito futuro pra vocês dois. Verdade? Não, nessas horas nada é verdade. Sofrer por amor cega, dá uma super inspiração e deixa nossas mães preocupadas, essa é a única verdade. Eu já tomei pés-na-bunda consideráveis e acho que se a Jeniffer Aniston pode, quem sou eu pra fugir da regra.

Já me disseram NÃO e nem por isso sou menos inteligente, menos legal, menos louca, menos linda, menos tudo, menos nada. A única coisa que tenho certeza é que eu NÃO ERA a pessoa certa pra aquele cara. Pelo menos naquele momento. Olha que simples. E sem aquela teoria furada de que o moço tem medo, algum trauma de infância e signo complicado. Quando a gente quer de verdade - meninas, acordem! - a gente vai até o inferno, desfaz casamentos, paga pra ver, apela para a baranguice e canta "Baby, come back" debaixo da janela. Porque o amor é brega. E disso ninguém escapa. Então, vamos aproveitar nosso minuto de lucidez (enquanto não caímos na teia do amor de novo) e aprender de uma vez por todas: não é pra gente se achar um lixo quando um amor acaba.

Não é pra gente imaginar que a atual do seu ex é perfeita (acredite: elas nunca são). E definitivamente não é pra gente confundir orgulho ferido com amor. Afinal a gente não vai amar uma pessoa que não ama a gente. E ponto.


p.s: o sofrimento é inevitável, mas o luxo é opcional.


* Por Fernanda Mello (adaptado)

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