sábado, 6 de junho de 2009

O que é o amor?




Com tantas discussões em torno da data comercial do dia dos namorados, compra e trocas de presentes, juras de amor vem a tona o tema: o que sabemos sobre o amor. Em um artigo publicado no Jornal Nippo-Brasil, o psiquiatra Roberto Shinyashiki fala sobre o assunto:




Muita gente confunde possessividade, insegurança e ciúme com o amor. Na verdade, esses sentimentos podem se assemelhar ao amor, mas, em sua essência, negam a nossa profunda vocação na vida. São como flores de plástico comparadas com a flor verdadeira. Ambas têm em comum algumas características, mas possuem origens diferentes.


A possessividade nasce do medo, ao passo que o amor nasce da própria vida à procura de celebração. O ciúme nasce da mesquinharia, da vontade de controlar o crescimento do outro, e o amor nasce da generosidade que existe em nós.


Enquanto a insegurança nos transforma em mendigos, sempre pedindo, ou pior, cobrando algo do outro, o amor nos dá energia para doarmos o que somos à pessoa que nos estimula a amar.
Certamente cada um de nós, pelo menos uma vez na vida, já refletiu sobre o amor – fonte de luz, de energia vital que movimenta toda a humanidade.


Amor não é cobrar por suas ações. Há uma confusão muito grande entre o amor verdadeiro e um produto similar, chamado amor de troca – uma conduta usada como moeda para dar direito a cobrar determinados comportamentos dos companheiros. Exemplo típico é a eterna cobrança:




“Eu sempre cuidei de você e, agora que preciso, não o tenho comigo”.


Quando, numa relação, as pessoas se sentem amarguradas, convém refletir cuidadosamente, pois o amor é uma energia que impulsiona para a vida. Quando estamos amando alguém, sentimo-nos vivos e em sintonia com o Universo.


O amor é a força que nos leva a enfrentar todos os nossos medos, criados desde as primeiras experiências dolorosas de aproximação. Tornamo-nos corajosos e ousados, prontos a desafiar o tédio e o comodismo, a enfrentar o desafio do cotidiano.

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